Como transformar a escola num espaço de maior relacionamento e livre expressão?


As irmãs Andressa e Patrícia Novais aprenderam a dirigir a escola fundada pela família. Agora, com um olhar sobre o futuro da educação, elas têm um projeto para estimular os alunos a gostarem desse ambiente e descobrir, na prática, a importância do relacionamento

O ambiente escolar é marcante na vida de qualquer criança e adolescente. Mas, no caso das irmãs Andressa e Patrícia Novais, a escola era muito mais do que isso. Os diretores do Colégio Interação Modelo, onde estudavam, eram seus próprios pais – e o dia a dia no colégio, para elas, era praticamente uma extensão da rotina familiar.

Mesmo na adolescência, a ideia de participar desse projeto familiar já era muito presente na cabeça das irmãs. Elas ajudavam em diferentes áreas, do financeiro às salas de aula, passando pela preparação dos eventos, sempre observando como os pais e a equipe dirigiam a instituição. “Eu já ajudava minha mãe na escola desde os 11 anos”, conta Andressa, a irmã mais velha, que hoje tem 28 anos.  

Mas isso não significa que o caminho foi natural e sem obstáculos, principalmente para Andressa. Ela nunca teve grandes problemas disciplinares, ou dificuldade em passar de ano. Mesmo assim, quando estava na escola, torcia para que acabasse logo. “Para mim, não fazia sentido o que eu estava estudando. Não sabia para quê usaria aquilo tudo.”

Seis anos mais nova, Pati passou a adolescência na escola quando sua irmã já havia se formado. Ao contrário de Andressa, ela gostou muito dos anos no colégio. Adorava o relacionamento com os amigos, os eventos e as experiências. “Acho que passaria por tudo aquilo de novo sem nenhum problema”, diz ela.

Apesar dessa percepção diferente sobre a passagem pela escola, Pati concordava com a irmã mais velha sobre um ponto: a experiência no colégio, de fato, poderia ser muito mais interessante. “Nós conversávamos sobre essas novas possibilidades de aulas para os alunos desde que eu tinha 13 anos, e a Andressa tinha 19”, conta.

Como deixar a escola mais legal?

A irmã mais velha nunca se conformou com as amarras do ensino tradicional e sempre quis fazer algo para mudar isso. A principal ferramenta – a própria escola – ela já tinha. Por isso, Andressa se preparou para atuar no Colégio Interação Modelo de uma maneira que o levasse a um lugar mais inovador. “Amadureci e vi a importância do trabalho que é feito na escola. Decidi que, como iria trabalhar nisso, faria de uma forma que eu acreditasse.”

Quando Pati se formou, ela se aliou à irmã na meta de renovar a escola. Aos poucos, elas também conquistaram cada vez mais a confiança dos pais, que as deixaram assumir mais responsabilidades dentro da instituição.

Com a aquisição de um novo prédio em frente ao colégio, Andressa e Pati perceberam que poderiam finalmente consolidar um projeto de aulas extracurriculares, que ajudaria a transformar a escola em uma experiência mais legal para os alunos. Mas quando elas sentaram para conversar sobre as ideias que tinham sobre aquele projeto, a falta de alinhamento entre as duas ficou evidente.

“A gente começou a brigar, na verdade. Virou a minha opinião contra a dela”, resume Andressa. As duas, que sempre foram muito parceiras em várias atividades, sabiam que não era isso que elas queriam.

O que os alunos precisam?

Nesse mesmo período, Andressa conheceu o processo de Clareamento de Propósito e percebeu que ele poderia ser a ferramenta perfeita para ajudar a descobrir o melhor formato para esse projeto que elas levariam ao Colégio Interação Modelo. Mas a maior questão era: como elas fariam isso juntas?

A partir dessa pergunta, surgiu a ideia de que ela convidasse a Pati para fazer o Clareamento de Propósito. E como o processo de clareamento de uma estava diretamente ligado ao da outra, por que não passar por essa etapa juntas? Era uma chance de sair dali realmente alinhadas.

As duas toparam o processo e ainda ganharam uma ajuda inesperada. “Quando meus pais souberam que a gente passaria por um processo que tornaria mais claro o nosso propósito, eles não só apoiaram como ainda quiseram oferecer para a gente, como um presente. Isso foi muito importante”, diz Andressa.

Esse projeto de aulas extracurriculares começou a ganhar forma e se transformou no Clubin, um espaço que será construído nesse novo prédio da escola e oferecerá às crianças e adolescentes atividades artísticas, esportivas e workshops de todo tipo. “Basicamente, são aulas que não dão para ter no horário normal da escola, pois há um currículo que precisamos cumprir, por lei”, explica Andressa.

Mas o intuito não se resume ao aprendizado dessas habilidades. Na verdade, o Clubin será apenas um cenário para favorecer que os alunos desenvolvam um maior relacionamento entre si. “No fundo, é isso que eles querem. Só não aprenderam como fazer, porque a escola nunca foi um espaço muito aberto para eles se relacionarem”, afirma Andressa.

“A ideia é que eles possam se expressar. E que se tornem autônomos e livres em suas escolhas. Por isso, pensamos até num formato onde os próprios alunos sejam os monitores do Clubin e que a gente não tenha essa hierarquia de coordenador, auxiliar, essas coisas, na medida do possível”, conta Pati.

Além de beneficiar os estudantes do colégio, as irmãs pretendem oferecer o Clubin para crianças e adolescentes da comunidade local. Outra ideia, ainda em desenvolvimento, é de firmar parcerias com outras escolas para o uso do espaço. “Nós sabemos o quanto as escolas precisam focar no pedagógico e não têm condição de pensar em outras possibilidades. Elas querem ser mais legais, e o Clubin pode ajudar nisso”, diz Andressa.

Aprender a se relacionar e levar isso ao mundo

O grande aprendizado das irmãs ao passar pelo Clareamento de Propósito e desenvolver o projeto do Clubin foi descobrir que elas conseguem, sim, trabalhar juntas em função da mesma meta, e o quanto o relacionamento entre as duas é fundamental para que isso se potencialize.

“Logo no primeiro encontro do framework, tudo ficou mais claro na nossa mente. Antes, a gente estava olhando de um lugar muito individual. Hoje, quando nós temos uma ideia, a gente se pergunta, antes, se é uma ideia que queremos defender ou se é algo que o Clubin precisa”, diz a irmã mais nova.

“O Clear Purpose Framework foi importantíssimo na nossa jornada com o Clubin, mas também para o nosso relacionamento. A gente desenvolveu muito a nossa relação profissional”, diz Andressa. “E percebemos que o caminho de pensar nas pessoas é muito melhor do que ficar pensando só na gente.”

Com uma visão mais clara sobre o que é o relacionamento, elas esperam que esse empreendimento forme alunos que não tenham medo de se relacionar – e que levem isso para o mundo.

“Se os alunos entregarem isso nas empresas que eles vierem a trabalhar, por exemplo, vai facilitar muito as atividades em equipe. Se eles tiverem menos medo de se expressarem livremente e fortalecerem uma filosofia voltada ao relacionamento, à empatia, ao respeito e ao cuidado, isso vai mudar qualquer ambiente. É o que o mundo precisa”, resume Pati.

A união entre arte e terapia para chegar a um estado de presença e cura


Como podemos utilizar a arte e a terapia como mecanismos para atingirmos um estado de maior prazer? Samantha, atriz e psicóloga, reuniu um grupo de pessoas para descobrir como esses universos podem se juntar em um trabalho de cura. Para saber mais, ouça o Episódio 03 do nosso podcast.

Ao longo de seus 28 anos, Samantha Pires sempre transitou entre os mundos da terapia, onde se formou psicóloga, e da arte, como admiradora e praticante. Esses dois ambientes, de alguma maneira, a levavam a um estado de observação e abertura para a comunicação.

Enquanto a psicologia apareceu como o caminho profissional, a arte era o lugar onde Samantha derrubava as suas barreiras pessoais para descobrir uma expressão mais espontânea e livre, além de ficar mais junta das pessoas.

“A experiência da arte, como atriz e também como consumidora de arte, é parte do meu dia a dia, e é um lugar de estar em relação com as pessoas. Mesmo ouvindo uma música sozinha em um ambiente, eu não me sinto sozinha. Eu estou em contato com alguém, com quem compôs aquela obra”, resume.

A conexão entre terapia e arte, no entanto, não era evidente para ela – na verdade, eles pareciam ser dois caminhos diferentes, e até irreconciliáveis. Mas ao perceber o potencial terapêutico que a arte tinha em sua própria vida, ela começou a pensar em como poderia aproximar as duas áreas.

Os métodos tradicionais de união entre arte e terapia que Samantha conhecia não eram exatamente o que ela estava procurando, apesar de ela reconhecê-los como importantes em seus contextos. Ela cita, por exemplo, o uso de musicoterapia em pacientes com problemas de saúde mental. “É um trabalho de aliviar momentaneamente as angústias de um paciente, que é válido. Mas eu queria levar isso para um lugar mais sério e mais profundo, e não sabia como fazer.”

Ela tinha muitos esboços de projeto na cabeça, mas nada muito concreto. “Eu achei que demoraria uns 20 anos para implantar esse trabalho”, diz.

Um grupo se forma

Enquanto se questionava sobre qual projeto poderia sair dessa ideia inicial, Samantha descobriu o Clear Purpose Framework, com a proposta de clarear as ideias que estavam na sua mente, e decidiu passar pelo processo completo. “Foi perfeito, porque o framework te ajuda a reorganizar os recursos, potenciais, ideias e projetos que já estão na sua mente para, aí sim, começar a colocar em prática.”

A primeira pergunta do framework não envolveu exatamente arte ou terapia, e sim o conceito de presença. “Essa é uma palavra que está na moda, mas não me parece que as pessoas sabem exatamente o que é estar presente, ou como esse estado acontece. Fica num lugar distante, meio místico. Nossa ideia era explorar como os seres humanos, enquanto cultura, entendem e exercitam a presença, e o que a arte e a terapia têm a ver com isso”, conta.  

Essa conexão entre arte, terapia e presença se tornou o fio condutor do processo no framework e também do seu projeto prático, que começou a ganhar forma. No contexto de distanciamento social por causa da pandemia do coronavírus, as possibilidades se tornaram mais limitadas, e uma ideia específica ganhou força: um grupo online formado por artistas e terapeutas para discutir esse assunto com mais profundidade.

“Foi uma ideia que partiu da certeza de que eu não sou a única pessoa pensando em construir uma ponte entre arte e terapia. Quem tivesse esse mesmo interesse em fazer uma pesquisa prática e teórica sobre esse tema teria um meio para isso.”

Samantha começou a convidar os amigos que poderiam se interessar em entrar nesse debate, e esses amigos também convidaram conhecidos. O grupo reuniu cerca de 25 pessoas, que se encontram a cada 15 dias – o número de presentes nas reuniões varia. “E o mais legal é que, como o encontro é online, temos pessoas de todos os lugares – brasileiros de vários estados diferentes ou que estão em países diferentes”, diz.

A cura está na presença

O primeiro encontro começou com a pergunta sobre o que é presença, e como a arte e a terapia se conectam a ela. No fim, eles terminaram com muitas questões, que se tornaram a pauta do segundo encontro, e a dinâmica se repetiu nas semanas seguintes.

Além dos insights sobre esse debate, os participantes perceberam a conexão que sentiam entre si – e a terapia já começava ali mesmo. “É uma forma de trocar experiências, criar uma conexão e perceber que não estamos sozinhos – mesmo nessa hora em que, fisicamente, estamos mais sozinhos. Tem sido incrível. As pessoas estão felizes por esse tempo juntos, se olhando, se curtindo.”

Mas além da experiência sobre estado de presença que os artistas-terapeutas têm vivenciado nos encontros, já há um aprendizado prático sendo levado para o mundo, com os participantes relatando que esse trabalho já tem reverberado em suas rotinas, tanto na produção artística quanto no relacionamento com as pessoas e pacientes.

Quando Samantha é questionada sobre para onde esse projeto caminhará, ela pensa um pouco antes de responder. “Pode ser que surja um grupo de teatro, ou que os psicólogos desenvolvam técnicas e experiências utilizando a arte como instrumento. Pode ser que a gente produza algo juntos.”

“Mas, independentemente do formato, o que eu espero é que a gente contribua para um mundo em que a arte esteja sendo usada conscientemente como um instrumento de cura, de libertação, de terapia. É só isso que eu quero do grupo.”

Na visão de Samantha, esse mundo que entende a arte como instrumento de cura também será um mundo onde as pessoas conhecerão um verdadeiro estado de presença. “Que as pessoas saibam o quanto é natural, desejável, prazeroso e espontâneo estar ali, vivo, todo o tempo, e não apenas em instantes específicos. Esse para mim é um mundo feliz.”

Facilitação de Autoconhecimento para a Paz e o Bem-Estar Real


Eu me chamo Lorena, e me vejo como uma facilitadora de um método de autoconhecimento, que visa gerar paz e bem-estar real na vida das pessoas. No meu processo, percebi o quanto as pessoas se sentem frustradas com toda a raiva e estresse que manifestam, e o quanto isso é destrutivo para elas e para todos ao seu redor. O verdadeiro desejo das pessoas é ter relacionamentos em que possam expressar alegria e carinho, e olhando para esse cenário decidi oferecer uma solução para gerar a cura dessas sensações negativas, para que essas pessoas possam desfazer as barreiras que as impedem de acessar o carinho, e a alegria que desejam expressar em suas vidas.

A busca por uma relação mais amorosa das pessoas com o trabalho – e com elas mesmas

Gabi andou pelo RH de várias grandes empresas até perceber, no pequeno negócio do pai, um caminho para tornar mais agradável o ambiente do trabalho

Há um ano, Gabriela Correia fez um pedido de ajuda. Ela não queria mais que suas relações fossem tumultuadas, e que o amor passasse a comandar suas interações com as outras pessoas, onde quer que ela estivesse. Foi apenas o início de uma jornada de transformação da sua vida.

Quer saber mais sobre a Gabi? Ouça no podcast da Clear Purpose um pouco mais sobre sua trajetória e visão.

Psicóloga de formação, com anos de experiência na área de RH de empresas e organizações, Gabi também se aventurou a conhecer os pequenos negócios. No fim do ano passado, ela teve um motivo específico para isso: seu pai precisava de ajuda com a sua pizzaria em Santo André, na Grande São Paulo.

Na época, a pizzaria passava por uma troca de equipe, e de repente ela foi convocada para ajudar o pai na gestão e no atendimento. O que ela viu não era diferente da realidade em outros pequenos negócios e grandes empresas: um ambiente que enfrentava desmotivação e trabalho duro.. “Eu olhei e pensei: não tem como alguém ser feliz aqui”, lembra Gabi.

Poucos meses haviam passado desde o pedido de transformação dos relacionamentos. E ela, de alguma forma, decidiu aplicar isso ali.

A importância da escuta

Esse início de trabalho na pizzaria coincidiu com o começo de sua experiência no framework do Clareamento de Propósito. Ficou mais claro o quanto ela se interessava pelas pessoas, e o quanto o dia a dia delas no trabalho poderia ser mais agradável.

Mais do que isso, o framework a levou a perceber que ela poderia atuar diretamente com as equipes, buscando uma relação de mais confiança e menos hierarquia. Na pizzaria, surgiu a ideia de ouvir os funcionários – primeiro, em reuniões com toda a equipe; depois, em conversas individuais. “Eles nunca tinham feito uma reunião em time. Eles puderam trazer suas dores e seus incômodos”, lembra Gabi.

Ela ia todos os dias à pizzaria, o que a ajudou a conhecer melhor os funcionários e os detalhes da rotina de cada um. Foi nesse processo que ela conheceu também a história do Miro, o homem responsável por fazer a pizza no restaurante há 15 anos, desde quando Gabi era apenas uma garota adolescente, a filha do dono que ia jantar com a família.

Em uma dessas oportunidades de conversa, ela percebeu o valor que o interesse pelo outro pode ter numa equipe. “A escuta foi apaixonante, foi maravilhoso conhecê-lo. Ele tinha uma história de dedicação e coragem”, conta.

Menos protocolo e mais interesse

Apesar das particularidades, o que ela viu na pizzaria não foi muito diferente do que ela já havia enxergado em grandes empresas. “Nessas andanças como RH, vi muitas ferramentas, metodologias. Só que, muitas vezes, essas coisas se tornam apenas um protocolo, e as pessoas não são consideradas.”

Tanto numa empresa grande quanto num pequeno negócio, ela percebeu que a dificuldade de gestão dos times era igual. “Muitos líderes não conhecem a fundo as habilidades de uma liderança. O trabalho não pode ser limitado a contratar, demitir e promover; o líder é a referência do time.”

Pelo framework do Clareamento de Propósito, Gabi percebeu que se encaixa em uma função que pode ser chamada de designer de equipes, ou designer de círculos, justamente com base na estruturação dos times em círculos, oferecendo autogestão e autonomia às pessoas. “E no reconhecimento da importância de todos”, pontua.

Voltando à pizzaria, toda essas conversas e reuniões a deixaram mais próxima dos funcionários, e o ambiente foi se transformando. Ela vê uma evolução gradual no clima após o “trabalho de formiguinha” que foi feito com a equipe ao longo de oito meses.

Mesmo com todo o cenário de dificuldades da pandemia, incluindo o fechamento do salão e a restrição ao delivery, a pizzaria conseguiu encontrar um lugar de estabilidade novamente. E esse lugar de paz se estendeu também àquele que justamente pediu sua ajuda em primeiro lugar.

” No ano passado, meu pai estava desanimado, pensando em quando venderia a pizzaria. Agora, mesmo com o isolamento, ele deslanchou. Está fazendo cursos online, participando de lives e planejando o futuro da pizzaria: uma reforma no local, a transformação da marca, um aplicativo mais atualizado. Em resumo: meu pai voltou a ter vida.”



Aga e Lukasz Szóstek entrevistaram Joana Mao para o Podcast Catching The Next Wave no episódio: Encontrando o Seu Propósito

Ouça o episódio também em Catching the Next Wave

O que te impulsiona a fazer mais? O que lhe traz satisfação na vida?
No começo desse ano Joana Mao, Aga e Lukasz Szóstek conversaram sobre como viver uma vida gratificante e encontrar seu propósito mais profundo. Sendo esse propósito aquele vai além de seus objetivos e desejos próprios. Uma vez que esse propósito é revelado, a mágica do alinhamento interno acontece.

Esse é o livro que a Joana recomenda no final do episódio:

O Caminho da Habilidade 
de Tarthang Tulku

Em Frente Empreendedor – SEBRAE – Evento Online – Live: CLEARING PURPOSE FRAMEWORK em 60 minutos

No dia 08 de junho de 2020, o SEBRAE junto com o projeto Cidade Criativa Cidade Feliz receberam a CLEAR PURPOSE para realização de um evento online: 1 hora de exercício prático dentro do processo CLEARING PURPOSE FRAMEWORK.

Através do exercício prático do CLEARING PURPOSE FRAMEWORK, individualmente, você vai conseguir olhar para contexto do seu projeto, empreendimento ou organização e em 1 hora, será possível elevar o seu estado de percepção para que alcançar uma visão mais clara. Nesse exercício breve de 1 hora, você poderá experimentar os benefícios dessa estrutura. Será possível organizar os pensamentos para encontrar sentido e sensação de realização. Sendo:

  • 10 minutos – Apresentação e Princípios.
  • 45 min – Processo do framework
  • 5 minutos – Consolidação e considerações finais.

O CLEARING PURPOSE FRAMEWORK é um processo que leva 8 semanas e gera clareza de visão, de implementação e práticas aprofundadas de liderança em 4 níveis (1 – Propósito, 2- Visão, 3 – Significado e 4 – Impacto). O formato de Workshop online de 1 hora de duração, é uma ótima opção para conhecer e experienciar brevemente os princípios do framework.

Por que no SEBRAE?

O que estamos vivendo hoje nesta pandemia, não estava previsto em nenhum planejamento estratégico para 2020. Diante dessa mudança, como podemos entender com mais organização o que estamos vivendo? Como podemos a entender com mais profundidade como empreender algo novo e com mais sustentabilidade? Como ter mais segurança para investir daqui pra frente, em algo que realmente nos motiva e que pode ser uma mudança efetiva compartilhada e implementada? A resposta para todas as perguntas acima é: refletindo para clarear o nosso propósito. A Clear Purpose nasceu com esse objetivo: ajudar líderes a organizar seus pensamentos para que possam tornar sua visão acionável e compartilhável. Para levar o exercício prático para a sua equipe entre em contato conosco: contact@clearpurpose.global

A contemplação como recurso para aprofundar a percepção e os relacionamentos

Gus percebeu que entrar em contato com o ambiente é uma saída para que as pessoas melhorassem seu estado mental e olhassem mais para a beleza que está na frente delas

Quer conhecer o Gus mais de perto? Ouça no podcast da Clear Purpose um pouco mais sobre sua história e visão.

Um dia, Gustavo Vedana, chegou ao trabalho, pela manhã, se sentindo muito cansado. Não que ele tivesse pegado trânsito ou um ônibus lotado no caminho até a agência de comunicação onde trabalhava – o trajeto era a pé e durava 15 minutos.

Seu cansaço, ele percebeu, era mental.

“Pensei: que absurdo isso. Era um percurso gostoso a pé. Não fazia sentido estar cansado daquele jeito. E aí percebi que estava cansado de tanto pensar naquelas sete quadras. Pensar no que tinha feito, no que achava que tinha que ter sido diferente… pensando em tudo”, conta.

Gus, como é carinhosamente chamado pelos amigos, tratou esse dia como uma revelação, e passou a treinar que sua mente ficasse quieta durante o caminho. Ele começou a chegar ao trabalho muito mais leve.

Mais do que isso: ele entrou em contato com coisas que nunca havia visto naquele caminho. Os prédios, casas, carros e, principalmente, as plantas, que sempre chamaram sua atenção.

“Eu precisei sair da minha cabeça para olhar para esses seres extraordinários que compartilhavam a vida comigo. Aí percebi, com clareza, a beleza do mundo e a importância de usar essa postura como fonte de bem-estar, prazer, descanso e, para além disso, de criatividade, de repertório e de fonte de inspiração.”

Havia um próximo passo: como fazer com que essa experiência fosse compartilhada pelas pessoas, e que elas também pudessem usufruir o que já está na frente delas?

Direcionando o olhar para fora

Depois de descobrir o framework do Clareamento de Propósito, Gus – hoje com 29 anos e com uma carreira estabelecida como gerente de conteúdo audiovisual – decidiu passar pelo processo, em busca de descobrir uma forma de entregar seu talento para as pessoas.

O framework serviu para isso. Gus entrou em contato com todo seu potencial e sua vontade de servir às pessoas. Sua visão, então, se tornou mais clara: ajudar as pessoas a contemplar, enxergar a beleza e, a partir disso, sair de um estado de autocentramento.

“Todo exercício de cuidar e se abrir para entender algo que está fora da gente é algo que nos invade e a gente nunca esquece, porque é muito prazeroso”, diz Gus.

Para isso acontecer, Gus usaria toda sua habilidade com decoração e criação de ambientes, além do conhecimento sobre plantas e flores, para que as pessoas pudessem manter uma sensação de calma e bem-estar.

O cuidado com as flores se estende a todos os relacionamentos

Depois de muitos testes e estudos dentro do processo do framework, ele foi para a prática. Primeiro, pensou num projeto direcionado para as empresas, que visa trazer mais verde para os escritórios. “Além de trazer uma sensação de bem-estar, um ambiente mais verde pode inclusive levar a uma maior produtividade”, conta.

Mas o trabalho não envolve simplesmente colocar mais plantas ou flores nos ambientes. O que Gus quer estimular, principalmente, é a contemplação. A natureza, assim, se torna uma ferramenta para que a pessoa saia de um ambiente mental agitado e conturbado e entre num estado mais calmo, relaxado, e com a percepção trabalhando em outro lugar.

A partir dessa observação, veio a ideia de mais um projeto: a entrega de flores e plantas, por meio de uma assinatura, para que as pessoas recebam em casa em períodos determinados.

“A gente faz uma composição de flores da época, separadas por produtores de flores e plantas, e envia um conteúdo para que as pessoas possam entendê-las melhor e aumentar o nível de relacionamento com elas, sabendo como elas são cultivadas e onde podem ser utilizadas.”

Ao concluir o seu processo, já com uma visão final sobre o impacto que estava trazendo, Gustavo viu que seu objetivo era demonstrar que esse relacionamento mais estreito com as plantas e flores pode ser expandido a todos os relacionamentos que a pessoa tenha no mundo.

“Essa prática de cuidado e observação das plantas e flores, vendo todos os dias como ela está, como ela mudou, entender como ela está vivendo, se ela precisa de mais água, de mais luz… isso já é uma prática de relacionamento, que é estendida a todos os outros. As pessoas saem dos próprios pensamentos para e olhar e cuidar, em todos os âmbitos de sua vida.”

Clareza no Caos – Podcast Jornada da Calma – Veja SP

Reprodução: Veja SP

Traçar planos para o futuro talvez já possa ter parecido uma boa coisa a ser feita. Quando a incerteza e o caos se instauram, porém, com que bases é possível planejar? 

“Não adianta ter a expectativa que as coisas não vão mudar. Elas mudam sempre”, conta Joana Mao. 

Designer estratégica e autora do Clearing Purpose Framework, ela é a convidada de Helena Galante para o episódio #44 do podcast Jornada da Calma. 

“Substitua a preocupação com planejamento pelo relacionamento”, completa Joana. 

Para dar conta de fazer essa transição e assumir um papel de liderança, Joana traz para o centro do foco questões filosóficas. 

“Quais valores colocamos para rodar em nossos projetos?”, questiona. 

Quem pensou que a conversa inclui o termo “propósito”, acertou! Mas não exatamente da forma como ele costuma ser abordado. 

“Tentar encontrar o seu propósito vai tornar achá-lo mais difícil”, alerta Joana, que explica porque enxerga um único propósito para todos, apenas manifestado em contextos diferentes. 

“Estamos num momento em que podemos fazer muito uns pelos outros. Esse reconhecimento enche o coração da gente de um sentido”, conta. 

 “Temos uma importância inquestionável uns na vida dos outros. Curtir essa interdependência é o que dá senso de propósito.”